tag:blogger.com,1999:blog-63823305956716827662024-03-13T06:59:24.157-07:00A MEMÓRIA É UMA ILHA DE EDIÇÃOTonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.comBlogger32125tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-71461791830150801992015-02-03T18:28:00.000-08:002015-02-03T18:28:01.522-08:00Um sonho de cinema<br /><div class="MsoNormal">
<o:p>Dia 2 de fevereiro de 2015 - para o dia 3 de fevereiro.</o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Um sonho. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Uma cor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Duas salas de cinemas, juntas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Roxa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Apresentação de dois filmes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Cenas de silhueta de um menino em frente o mar. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fim de tarde. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele caminha, sai e volta pra cena e cada vez que volta está
mais crescido. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Essa silhueta me fez lembrar Uirá, Passarinho filho da
Tonica. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Logo percebi que estava na primeira exibição dos seus
filmes, esse com o nome<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“ Em ... Fim “ e
havia outra projeção na sala roxa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O outro filme era sobre histórias. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Histórias de dentro do banheiro. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Histórias cantantes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Imagens de amigos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Um sonho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Dois filmes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Uma saudade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-indent: 36pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-indent: 36pt;">Daniela
Schmidt</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-indent: 48px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-indent: 48px;">Dani sonhou um sonho de cinema. Publico aqui sua memória do sonho. Memória de filme. Memória de vida.</span><span style="text-indent: 48px;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 288.0pt; text-indent: 36.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 288pt; text-align: center; text-indent: 36pt;">
<br /></div>
Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-75927878457652716522015-01-27T06:05:00.003-08:002015-01-27T06:05:26.502-08:00Chamada para artigos sobre Documentário e os arquivos!<span style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;">A Revista Devires lança uma nova chamada de artigos para o seu vol. 12, n.1 (Jan.Jun. 2015), propondo o dossiê “O documentário e os arquivos”. Provocação para a escrita no</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;"> desafio de identificar e compreender as múltiplas maneiras do documentário se valer das imagens de arquivo.</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;">até o dia 02 de maio!</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;">mais informações:</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;"><br /></span>
<a href="http://www.fafich.ufmg.br/devires/index.php/Devires/announcement">http://www.fafich.ufmg.br/devires/index.php/Devires/announcement</a><br />
<br />Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-68378230979845320462014-12-21T09:35:00.000-08:002014-12-21T09:42:20.491-08:00Edgar MorinDica de leitura.<br />
Acabo de baixar. Vamos ao imaginário!<br />
http://www.edgarmorin.org/descarga-el-cine-o-el-hombre-imaginario.htmlTonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-47553782734643151822012-04-27T09:59:00.002-07:002012-04-27T10:03:07.173-07:00O fogo do Cinema e do AmorSaraceni, Cineasta do Brasil<br />
Amir Labaki<br />
<br />
<br />
Paulo Cezar Saraceni, um dos realizadores essenciais do Cinema Novo, que definiu como ninguém na fórmula “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, está morto. Em mais de meio século como diretor, rodou onze longas-metragens de ficção, incluindo o ainda comercialmente inédito “O Gerente”, e outros tantos documentários de várias durações. Legou-nos ainda o principal livro de memórias sobre o movimento, “Por Dentro do Cinema Novo – Minha Viagem” (Nova Fronteira, 398 páginas, 1993, esgotado).<br />
<br />
Sempre me chamou a atenção o constraste entre o espírito dionisíaco de Saraceni e seu cinema da angústia. Bon vivant, futebolista na juventude, carnavalesco a vida toda, sedutor inveterado, amigo fidelíssimo -como destacou Ricardo Miranda no documentário que dedicou a ele (“A Etnografia da Amizade”, 2007)-, havia nele algo do Bruno de Vittorio Gassman em “Il Sorpasso” (Aquele que Sabe Viver, 1962), de Dino Risi. Sei que a Risi ele preferiria a referência a seu mestre maior, Roberto Rossellini, ou a seus colegas do período que passou na Centro Experimental de Cinema em Roma, de Bernardo Bertolucci a Marco Bellochio. Mas falo do homem, antes que da obra.<br />
<br />
Seus filmes, por sua vez, parecem sempre girar, no campo superficial do entrecho, em torno de protagonistas fora de lugar, solitários, inconfortáveis com eles mesmo, como a assassina de “Porto de Caixas” (1962), o jornalista de “O Desafio” (1965), a desesperada Nina de “A Casa Assassinada” (1970), e seu “Anchieta, José do Brasil” (1977). Os registros, porém, variavam título após título, sobretudo na primeira e mais robusta década de sua obra ficcional.<br />
<br />
Basta pensar nos ecos neo-realistas de “Porto das Caixas”, no pioneirismo urbano e reflexivo de “O Desafio”, na pegada onirica e operística de sua versão de Lúcio Cardoso em “A Casa Assassinada”. Na segunda metade de sua carreira, porém, os títulos se espaçam (“Ao Sul do Meu Corpo”, 1981, “Natal da Portela”, 1988, “O Viajante”, 1998), as dificuldades de produção se sucedem, e sua obra se mantém inquieta mas perde densidade.<br />
<br />
No documentário Saraceni estreou ao lado de Mário Carneiro com um filme desbravador. Inspirado por Rossellini e Eisenstein, “Arraial do Cabo” (1959) é um ensaio sobre o embate entre a tradição e a modernidade a partir do impacto da chegada de uma indústria sobre uma colônia de pescadores a 25 km de Cabo Frio. O contraste entre a alegria popular ao ar livre e as angulosas estruturas fabris desafiava a rigidez tradicional do discurso documental brasileiro, a ponto de Glauber Rocha saudá-lo, ao lado de “Aruanda” de Linduarte Noronha, como “os primeiros sinais de vida” de nosso documentário. (Em “Xaréu – Memórias do Arraial”, lançado no É Tudo Verdade deste ano, Patrícia Ramos Pinto reconstitui os bastidores daquelas filmagens e investiga as mudanças no cotidiano dos moradores passado meio século).
<br />
<br />
Igualmente precursor, mas das técnicas do cinema direto por aqui, foi o média-metragem “Integração Racial” (1964). Como um dos primeiros documentários nacionais a colher com um gravador Nagra o som direto de depoimentos (de brancos, negros, mulatos, italianos e japoneses), ninguém menos que Paulo Emílio Salles Gomes o saudaria por ter “retomado o falar no cinema brasileiro’’.<br />
<br />
“Bahia de Todos os Sambas”, seu principal documentário de longa-metragem, celebra os históricos shows de música popular baiana que Saraceni registrou ao lado de Leon Hirzsman (1937-1987) em Roma em agosto de 1983. Lançado no Festival de Veneza de 1996, brilha mais em partes do que no todo, com momentos inesquecíveis como Caetano entrevistando Caymmi e João Gilberto entoando “Estate”.<br />
<br />
Conheci Saraceni quando a edição inaugural do primeiro festival que dirigi, o Eurocine (1993-1995), sediou o lançamento paulista de sua autobiografia, no contexto de uma mostra especial sobre o diálogo entre os “cinemas novos” brasileiro e europeus. Entusiasmado com o projeto, ele tentou intermediar uma visita de seu amigo “Bernardo” (Bertolucci), que não se concretizou, e providenciou uma sessão em homenagem póstuma a outro parceiro italiano, Gianni Amico (1933-1990).<br />
<br />
Depois de uma década e meia de encontros fortuitos, chegou a hora de enfim homenageá-lo, no É Tudo Verdade de 2009, pelo cinquentenário de “Arraial do Cabo”. Saraceni esbanjou carisma em duas mesas-redondas, na Cinemateca Brasileira em São Paulo e no Instituto Moreira Salles no Rio, mas transformou a reconstituição das filmagens de seu primeiro clássico sobretudo numa celebração de seu parceiro Mário Carneiro, morto dois anos antes.<br />
<br />
Só então compreendi de fato outra frase de Glauber sobre ele: “Aprendi de tudo com meus amigos mas Saraceni me conduziu ao fogo do Cinema e do Amor”.
<br />
<br />
Fonte: http://www.itsalltrue.com.br/periodico/coluna/coluna.asp?lng=Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-78334031875663175222011-04-12T07:27:00.001-07:002011-04-12T07:55:24.376-07:00Vídeo nas Aldeias<link href="file://localhost/Users/antoniareginmouraleite/Library/Caches/TemporaryItems/msoclip/0/clip_filelist.xml" rel="File-List"></link> <style>
<!--
/* Font Definitions */
@font-face
{font-family:Times;
panose-1:2 0 5 0 0 0 0 0 0 0;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:auto;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;}
@font-face
{font-family:Calibri;
panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:auto;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;}
@font-face
{font-family:Cambria;
panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:auto;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;}
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-parent:"";
margin-top:0cm;
margin-right:0cm;
margin-bottom:10.0pt;
margin-left:0cm;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-ascii-font-family:Cambria;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Cambria;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Cambria;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;}
a:link, span.MsoHyperlink
{color:blue;
text-decoration:underline;
text-underline:single;}
a:visited, span.MsoHyperlinkFollowed
{mso-style-noshow:yes;
color:purple;
text-decoration:underline;
text-underline:single;}
p
{margin:0cm;
margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-ascii-font-family:Times;
mso-fareast-font-family:Cambria;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Times;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";}
span.apple-converted-space
{mso-style-name:apple-converted-space;}
@page Section1
{size:612.0pt 792.0pt;
margin:72.0pt 90.0pt 72.0pt 90.0pt;
mso-header-margin:36.0pt;
mso-footer-margin:36.0pt;
mso-paper-source:0;}
div.Section1
{page:Section1;}
-->
</style> <span style="font-size: small;">Semana que vem, dia 20 de abril, tem sessão especial do <a href="http://www.videonasaldeias.org.br/2009/">Video nas Aldeias</a> na sala do IPHAN as 16h, promovido pelo <a href="http://cineclubeparaty.blogspot.com/">Cineclube Paraty.</a><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: small;">Me fez lembrar da reportagem que escrevi junto com a queridíssima Patrícia Guimarães para concorrer no concurso do Itaú Cultural:<span class="apple-converted-space"> <a href="http://rumositaucultural.wordpress.com/jornalismo-cultural/">Jornalismo Cultural</a>.</span><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: small;">Nos idos de 2003, ainda no primeiro ano da faculdade já namorava o documentário como o meio de expressão para minhas idéias. Fiz uma dezena de cursos, palestras, workshops com diretores e produtores. Vi muita gente boa falando sobre sua trajetória e me inspirei. Entre elas, João Batista de Andrade, Coutinho, Pizzini, Lilian Santiago e outros...<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: small;">Quando apareceu o concurso do Itaú Cultural não tive dúvidas que escreveria sobre audiovisual, e claro sobre o documentário como forma de registrar e perpetuar os saberes de uma cultura. Depois de uma conversa com o amigo e professor Flavio Brito, tive a luz: falar sobre a experiência vivida pelos indios através do projeto Video nas Aldeias!<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: small;">Compartilho aqui na íntegra a reportagem vencedora do primeiro Rumos Jornalismo Cultural!<o:p></o:p></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Boa leitura!</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Programação:</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px;">dia 20 - VÍDEO NAS ALDEIAS curtas brasileiros indígenas (87 min) : DE VOLTA À TERRA BOA DE MARI - de Corrêa e Vincent Carelli HUNI MEKA, OS CANTOS DO CIPÓ - de Josias Kaxinawá eTadeu Kaxinawa NGUNÉ ELU, O DIA EM QUE A LUA MENSTRUOU- Mutuá eTakumã Kuikuro PRIARA JÕ, DEPOS DO OVO, A GUERRA- de Komoi Panará </span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px;"><br />
</span></span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaEe2LJrscYpO6uXjN_qoFba_ImwPFMbNRWg8JgZG8DDXnoSg7eVRngUYTnBPlX-8qTVd3HXU3wDiQAFqLRpG32beZ6MyH438ZHkaemiCy7kEjDi1v4vUYM2ezSYilhEST4K3qx7QNRVM/s1600/index-1.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="137" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaEe2LJrscYpO6uXjN_qoFba_ImwPFMbNRWg8JgZG8DDXnoSg7eVRngUYTnBPlX-8qTVd3HXU3wDiQAFqLRpG32beZ6MyH438ZHkaemiCy7kEjDi1v4vUYM2ezSYilhEST4K3qx7QNRVM/s400/index-1.jpeg" width="400" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px;"><br />
</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px;"><br />
</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px;"><br />
</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px;"><br />
</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px;"><br />
</span></span>Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-77098163058335662392011-04-12T07:23:00.000-07:002011-04-12T07:41:32.099-07:00OLHARES INDÍGENASPor Patrícia Guimarães e Tonica Moura Leite * <br />
<br />
<br />
O encontro com a própria imagem para aqueles que têm o primeiro contato com a televisão é capaz de gerar um misto de emoções. “Cria expectativa. Onde aparece? Jamais vou aparecer nessas imagens. Não se imagina estar do outro lado, ou dentro do aparelho. O outro beija a máquina. Emociona. Além de emocionar, faz refletir que o mundo pode transformar a gente. Você se torna alguma coisa para outras pessoas”. Desta forma define o poder da imagem Hipãridi Top’Tiro (A’uwe Xavante), que vive há sete anos em São Paulo e é presidente da Associação Xavante Warã.<br />
A imagem reproduzida pela televisão invade o inconsciente das pessoas permitindo que estas façam viagens a lugares até então desconhecidos. Seja por meio de ficção ou de documentários, ela abre um caminho de novidade que, mesmo que determinado local ou cultura já tenham sido conhecidos, transmite a impressão de ser algo novo, pelo simples fato do diferente olhar imbuído na imagem. Nesse âmbito, destacar o vídeo como meio de preservação da memória e de difusão da diversidade cultural torna possível a aproximação de realidades distantes.<br />
E foi por meio da utilização dos recursos audiovisuais que as tribos indígenas do Brasil encontraram a melhor forma de inserir sua cultura na abrangente cultura brasileira. Para tanto, os recursos de imagem passaram a ser utilizados para resgatar a própria cultura, revelando as riquezas dos índios e de seus ancestrais. (continua)Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-63562874077078321142011-04-12T07:22:00.000-07:002011-04-12T07:56:11.265-07:00Vídeo como instrumento de preservação da memória<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFv6x5_q_d1ry77jcOz-yeKh3mwmji1RlWwVk7vEDcMS1jgH9Ba1ZwGcX_LOnNk-kdogbur45VOWqxECA1xsX3U_gygc5NGEi0qOR71PNBiqZBrEJOcSHu4JZr78X4pjfzLCG_lat1VS0/s1600/index-2.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="136" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFv6x5_q_d1ry77jcOz-yeKh3mwmji1RlWwVk7vEDcMS1jgH9Ba1ZwGcX_LOnNk-kdogbur45VOWqxECA1xsX3U_gygc5NGEi0qOR71PNBiqZBrEJOcSHu4JZr78X4pjfzLCG_lat1VS0/s400/index-2.jpeg" width="400" /></a></div><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Apoiadas pelo projeto Vídeo nas Aldeias, idealizado em 1986, por Vincent Carelli, indigenista, documentarista e fundador do projeto, muitas tribos indígenas do Brasil passaram a utilizar o vídeo como um instrumento. A intenção era fazer uso da imagem em seu benefício, divulgando e resgatando suas tradições culturais, criando um acervo que servisse de exemplo para as gerações futuras. Para eles, o registro de seus hábitos e de suas tradições serve para que sua cultura não se perca com a memória dos mais velhos. Desta forma, permanecendo viva principalmente para os jovens.<br />
Tal projeto auxiliou no processo de formação de uma nova imagem do índio. Na criação de uma imagem que vai além do estereótipo criado pelos livros didáticos, que passou a ser concebida com apoio dos próprios índios e, colaborou para o processo de desintegração de uma imagem superficial e sem consistência, fruto da generalização feita pela mídia.<br />
Para que, não houvesse uma perda de identidade de cada tribo, o projeto Vídeo nas Aldeias trabalhou em conjunto com os índios, na difusão de imagens de diversas tribos, realizando dessa maneira um intercâmbio cultural entre elas. Assim, cada uma pôde ressaltar o que havia de mais interessante e particular em sua cultura e transmiti-la por meio da troca de imagens.<br />
Para tornar possível esse intercâmbio de imagens foi necessário montar salas de vídeo em cada aldeia. Onde todos se reúnem para ver o que foi filmado, dando ao vídeo o papel de informar e entreter, já que todos se divertem ao ver suas próprias imagens, ao recontar suas tradições.<br />
A descoberta desse mundo de imagens despertou nos índios a necessidade de fazer parte do processo total de preservação cultural, ou seja, o interesse passou a ir além da ação enquanto “objeto” de cena, despertou a vontade de fazer parte da totalização do trabalho, que vai desde a captação de sua própria imagem até a edição. Foram criadas então as oficinas de capacitação, a mais importante foi a oficina no Parque do Xingu (MT), em 1998, que reuniu cerca de 30 índios, de 15 etnias diferentes. (continua)Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-13841947975578054382011-04-12T07:20:00.000-07:002011-04-12T07:49:58.011-07:00Os índios realizadores do vídeo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJsa6uhrwA53gkpI9QU0b7EGYknfioI_aXzAzcrrHv81pegH6hol2jsA-kYZ-M5wOEC20BCkwezpTItB7Nd2LjhRl2WtT0y6tK1qi0iVC7e4RIYvXPK_hOhVJmLw-X6FHZNjKZ_xMfEu4/s1600/index-3.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="137" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJsa6uhrwA53gkpI9QU0b7EGYknfioI_aXzAzcrrHv81pegH6hol2jsA-kYZ-M5wOEC20BCkwezpTItB7Nd2LjhRl2WtT0y6tK1qi0iVC7e4RIYvXPK_hOhVJmLw-X6FHZNjKZ_xMfEu4/s400/index-3.jpeg" width="400" /></a></div>“A única maneira de fortalecer o nosso povo cada vez mais é através da imagem, que você vê completo, o som e a característica da pessoa, então isso fortalece a sua identidade”, afirma Caimi Waiasse, xavante da aldeia de Pimentel Barbosa (Mato Grosso) foi formado como realizador indígena pelo projeto Vídeo nas Aldeias. Caimi trabalha registrando as imagens de sua comunidade há 15 anos. A responsabilidade de contar a sua história e legitimar a qualidade do vídeo pela avaliação dos mais velhos contribuem para firmar a autodeterminação da sociedade indígena.<br />
Participante ativo no processo de fortalecimento dos povos indígenas por meio da imagem, Estevão Nunes (Tutú Nunes), foi quem ensinou as técnicas de edição aos índios que participaram do projeto. Convidado por Vincent Carelli, idealizador do Vídeo nas Aldeias, Tutú Nunes ingressou no projeto a partir do segundo vídeo e logo começou a difundir não só a técnica entre os indígenas, mas também a apropriação conceitual, o porque filmar, com o objetivo de valorizar o processo de formação dos novos realizadores.<br />
Reunidos para a discussão de roteiros e definição de melhores posicionamentos de câmera, cada índio apresenta a mesma situação sob um novo olhar. Cria-se uma nova plástica para o vídeo que torna autêntico o trabalho indígena, diferenciando-o do trabalho dos demais. “Vejo estilos muito diferentes entre eles. O Kumaré (Kumaré Txicão, Ikpeng, do Parque do Xingu) tem um estilo muito legal, ele procura planos de todos os lugares. Sobe em coisas, agacha, deita, faz coisas muito legais. O Caimi (Waiasse) já faz uma coisa mais tranqüila, mais calma, mais preocupado com a informação que está na imagem. O Jorge (Jorge Protodi, de Pimentel Barbosa), um outro xavante, tem um olhar legal também de enquadramento, ele busca ângulos diferentes”, observa Tutú Nunes.<br />
Para ele, o fundamental no processo de apropriação dos meios audiovisuais pelos povos indígenas está no fato de que ninguém poderá contar melhor sua história do que eles mesmos. “Eu acho que o mais bonito dessa utilização é o potencial de poder contar a sua história com o próprio olhar. É obvio que um índio vai gravar uma festa dez vezes melhor do que eu. Ele sabe o significado da fala, eu não entendo xavante, tupi ou várias outras línguas, não sei se tal fala é importante. Eles conhecem o significado de toda a coreografia, sabem o significado de cada coisa, de cada gesto, e eu não sei. Ele sabe onde esperar e eu vou estar sempre correndo atrás, depois do que aconteceu”, explica o editor. (continua)Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-19626925520700233712011-04-12T07:18:00.001-07:002011-04-12T07:48:15.218-07:00Vídeo como instrumento de ações políticas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQQ4Uddel3lmb5-b76dVCe47nSfPrCRV7tqDWc_3WoQa-4GVN-FhzouoXxfuNxhZRAiIJIiMf4xUUsk1HDzdAdkf9Xj97ti-BCETVexOQf3dtUe4-XYDzeWxd5f9OC4uGec7_XoqdRfco/s1600/index-4.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="110" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQQ4Uddel3lmb5-b76dVCe47nSfPrCRV7tqDWc_3WoQa-4GVN-FhzouoXxfuNxhZRAiIJIiMf4xUUsk1HDzdAdkf9Xj97ti-BCETVexOQf3dtUe4-XYDzeWxd5f9OC4uGec7_XoqdRfco/s320/index-4.jpeg" width="320" /></a></div><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Cada vez mais os indígenas têm demonstrado interesse em utilizar o vídeo como aliado em sua luta. “O povo indígena está consciente de que não é viável usar violência, então vamos agir de outro jeito, na lei do branco, aí eles ficam reconhecendo mais o povo indígena. O objetivo é montar estratégia para se manter nesse Brasil, porque se você não tem estratégia de sobrevivência vai acabar parando na cidade, vai acabar ficando sem reserva”, argumenta Caimi Waiasse. <br />
A utilização da imagem como ferramenta política é o objetivo que as comunidades indígenas pretendem alcançar. No entanto, a falta de democracia da mídia impede o avanço das questões indígenas. A dificuldade em trabalhar para se chegar à falada diversidade cultural ainda é grande, “é ponto de vista mais acadêmico. A discussão avançada está na Universidade, mas não está no povo. Quem domina é a Academia. Queremos que as relações dos indígenas sejam populares, não acadêmicas”, diz Hipãridi Top’Tiro.<br />
Davi Silva, cacique guarani da aldeia Iguapeú (Mongaguá-SP), não participa do projeto Vídeo nas Aldeias, mas acredita que seria interessante ter realizadores indígenas em sua aldeia “porque quem mexe com a nossa imagem é o próprio índio, conhecedor do problema; que está fazendo as imagens para que nossa luta seja realidade”, diz. Nesta comunidade o vídeo tem a conotação de anfitrião. Com o apoio do CTI (Centro de Trabalho Indigenista) os guaranis produziram o vídeo ORE REKU (Nosso Modo de Viver), utilizado para mostrar seus costumes àqueles que visitam a aldeia. (continua)Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-6280139520896659592011-04-12T07:16:00.000-07:002011-04-12T07:43:54.937-07:00Vídeo como alerta social<link href="file://localhost/Users/antoniareginmouraleite/Library/Caches/TemporaryItems/msoclip/0/clip_filelist.xml" rel="File-List"></link> <style>
<!--
/* Font Definitions */
@font-face
{font-family:Verdana;
panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:auto;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;}
@font-face
{font-family:Calibri;
panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:auto;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;}
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-parent:"";
margin-top:0cm;
margin-right:0cm;
margin-bottom:10.0pt;
margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;}
a:link, span.MsoHyperlink
{mso-style-noshow:yes;
color:red;
text-decoration:underline;
text-underline:single;}
a:visited, span.MsoHyperlinkFollowed
{mso-style-noshow:yes;
color:purple;
text-decoration:underline;
text-underline:single;}
strong
{mso-bidi-font-weight:bold;}
em
{mso-bidi-font-style:italic;}
p.style1, li.style1, div.style1
{mso-style-name:style1;
mso-margin-top-alt:auto;
margin-right:0cm;
mso-margin-bottom-alt:auto;
margin-left:0cm;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:8.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-ascii-font-family:Verdana;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";
mso-hansi-font-family:Verdana;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-language:PT-BR;}
p.style3, li.style3, div.style3
{mso-style-name:style3;
mso-margin-top-alt:auto;
margin-right:0cm;
mso-margin-bottom-alt:auto;
margin-left:0cm;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:8.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-ascii-font-family:Verdana;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";
mso-hansi-font-family:Verdana;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-language:PT-BR;
font-weight:bold;}
@page Section1
{size:595.3pt 841.9pt;
margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;
mso-header-margin:35.4pt;
mso-footer-margin:35.4pt;
mso-paper-source:0;}
div.Section1
{page:Section1;}
-->
</style> <br />
<div class="style3"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: small; font-weight: normal;">Objetivando despertar um novo olhar da sociedade, os indígenas têm trabalhado para recriar sua própria imagem. Criticam a postura da mídia, como evidenciam as palavras de Hipãridi Top’ Tiro: “no jornalismo, a coisa interessante que eles querem ver, é a gente sempre de cocar, na aldeia, sabe? Para eles a cultura deveria estar lá na aldeia. E aqueles guaranis que estão aqui em Parelheiros, São Paulo? Não estão na mídia porque estão ao lado da favela no Jd. Elba. Vieram do nordeste, fugiram da estiagem, da invasão de terras. Deixaram de ser índios por isso? Acho que a imprensa direciona conforme o que vende a matéria”.</span></div><div class="style1"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: small;">Caimi Waiasse acredita que os vídeos possam colaborar para ampliar o acesso aos meios de comunicação. “Eu acho que aos poucos a gente está abrindo um espaço pequeno, porque o trabalho de imagem indígena é um movimento que está surgindo agora. Antigamente, ia muito antropólogo para registrar seu documento e botar no seu mestrado com aquilo que ele pensa, mas tem outras informações mais ricas que são deixadas de lado”, afirma.<o:p></o:p></span></div><div class="style1"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: small;">Para ter a possibilidade de direcionar a imagem do índio conforme seus próprios interesses, a idéia da criação de um canal de televisão indígena está em pauta nas comunidades. A atenção do governo brasileiro para projetos como estes poderia ser o incentivo que falta no momento, já que os trabalhos indígenas realizados até então, receberam incentivo externos de organizações como o Norad, a Guggenheim, a Ford, a MacArthur e Rockefeller.<o:p></o:p></span></div><div class="style1"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: small;">A concessão de um canal para o povo indígena os integraria à realidade cultural brasileira, difundindo a verdadeira imagem do índio. Aproximando-na dos brasileiros para que estes conheçam melhor a origem de sua cultura, firmando o caráter de autodeterminação de um povo subjulgado pela mídia brasileira.<o:p></o:p></span></div><div class="style1"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: small;">Logo, trilha-se um caminho aberto a novos olhares. Os olhares indígenas que observam a sociedade e recriam suas imagens em um caminho mais acessível à diversidade cultural.</span></div><br />
Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-91205119852299430762011-04-11T09:56:00.000-07:002011-04-11T09:56:00.437-07:00Feliz 2011Feliz ano novo!!<br />
Sim o ano começou hoje por aqui!<br />
Depois de indas e vindas agora a inda é garantida! Diretamente de Paraty - RJ, utilizarei este espaço para compartilhar o processo de finalização de um documentário que se estende por quase 4 anos!<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=PPo5VHbrWfE">"Nosso Tempo é Agora"</a> conta uma história de escuridão, tempo e espera por uma luz, uma esperança de dias melhores para uma comunidade caiçara do litoral norte paulista. Acompanhamos a expectativa da comunidade meses antes da chegada, o momento em que finalmente a luz chegou e alguns meses com a luz. Este doc surgiu da vontade de um grupo de amigos em produzir filmes com histórias de vidas. Amigos que se conheceram num curso de documentário, como tantos que existem por aí. Quem já fez um curso deste, já passou pela cabeça juntar aquela galera e dar continuidade nos estudos e principalmente produzir! Colocar a mão na massa! Pois bem, eis que desta súbita vontade, juntando a fome com a vontade de comer surgiu o <a href="http://guaiamumfilmes.blogspot.com/">Coletivo Guaiamum Filmes. </a><br />
A princípio a proposta do doc era apenas contar essa história de espera e narrar a chegada da energia. Mas com a demora do processo todo (diversas dificuldade que irei expor uma a uma ao longo deste processo de finalização do filme), a distancia com o tema, a qualidade tecnica das imagens e a quantidade de assuntos captados, o roteiro final de edição se arrasta por praticamente 3 anos! Este ano, eu enquanto diretora, assumi comigo mesma e principalmente com a comunidade, o desafio de fechar esta história. Dar um começo, meio e fim, algo que parece simples, mas não é.<br />
Abro este espaço para compartilhar os dramas de dirigir um documentário que partiu de uma idéia, mas que não teve uma direção ao longo do processo e por conta de outros fatores se arrastou até hoje.<br />
Fiquem a vontade para comentários e troca de experiências!<br />
Até!Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-12520283400122304422010-04-27T10:00:00.000-07:002010-04-27T10:00:38.607-07:00FESTA DAS CADEIRAS - SEGUNDA EDIÇÃOSegunda edição da festa em benefício do OYA Cineclube! Desta vez vai rolar também uma micro mostra com dois curtas produzidos pelo coletivo Olhar Periférico. Segue a baixo o convite para a festa! Apareçam!!!<br />
<br />
O <b>Coletivo Audiovisual Guaiamum</b> e a <b>Serralheria</b> convidam:<br />
Na próxima quinta-feira, 29, acontece no Centro Cultural Serralheria a segunda edição da Festa das Cadeiras. O objetivo mais uma vez é arrecadar fundos para comprar cadeiras das exibições do <b>OYA Cineclube</b>. Além de muito ska, funk e old school, haverá a exibição dos curtas produzidos pelo coletivo <b>Olhar Periférico</b> na mostra:<br />
<br />
<b>“CIDADE, TERRITÓRIO DA ARTE”</b><br />
<br />
<b>"Regina Silveira: Blindagem"</b><br />
André Costa, 2002, 6 min.<br />
Um fusca "blindado" passeia pelas ruas da cidade de São Paulo.<br />
<i>SINOPSE:</i><br />
Buscando representar a intervenção urbana da artista visual Regina<br />
Silveira em que um fusca "blindado" passeia pelas ruas da cidade de<br />
São Paulo, este trabalho videográfico acabou por compor a forma<br />
própria da performance ao interpelar pessoas na rua, ao fazer da<br />
câmera um elemento próprio do acontecimento artístico.<br />
<br />
<br />
<b>"Regina Silveira: Transit"</b><br />
André Costa, 2001, 9 min.<br />
No meio do caminho tinha uma mosca.<br />
<i>SINOPSE:</i><br />
O vídeo retrata uma intervenção urbana de Regina Silveira: uma mosca<br />
luminosa e gigante passeia pela paisagem da cidade de S. Paulo,<br />
resignificando os lugares e transformando a noite da cidade.<br />
<br />
<b>DISCOTECAGEM DE SKA E FUNK OLD SCHOOL. SHOW COM O GRUPO KING RASSAN ORCHESTRA</b><br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6zPTdEgXisys3-CWxnYUd0CvOh0i1LXOMdI9qhoM5mhGK-_NlnGzSghxfVI9tLkIoyCV7jzWf_LZgRFiJg90kie4hkglahNRPnhdzzZTZqe-rVCVvy_l39cmblOXCQbf3Gp_6cEGLbdw/s1600/festadascadeiras2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6zPTdEgXisys3-CWxnYUd0CvOh0i1LXOMdI9qhoM5mhGK-_NlnGzSghxfVI9tLkIoyCV7jzWf_LZgRFiJg90kie4hkglahNRPnhdzzZTZqe-rVCVvy_l39cmblOXCQbf3Gp_6cEGLbdw/s1600/festadascadeiras2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6zPTdEgXisys3-CWxnYUd0CvOh0i1LXOMdI9qhoM5mhGK-_NlnGzSghxfVI9tLkIoyCV7jzWf_LZgRFiJg90kie4hkglahNRPnhdzzZTZqe-rVCVvy_l39cmblOXCQbf3Gp_6cEGLbdw/s1600/festadascadeiras2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6zPTdEgXisys3-CWxnYUd0CvOh0i1LXOMdI9qhoM5mhGK-_NlnGzSghxfVI9tLkIoyCV7jzWf_LZgRFiJg90kie4hkglahNRPnhdzzZTZqe-rVCVvy_l39cmblOXCQbf3Gp_6cEGLbdw/s1600/festadascadeiras2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6zPTdEgXisys3-CWxnYUd0CvOh0i1LXOMdI9qhoM5mhGK-_NlnGzSghxfVI9tLkIoyCV7jzWf_LZgRFiJg90kie4hkglahNRPnhdzzZTZqe-rVCVvy_l39cmblOXCQbf3Gp_6cEGLbdw/s1600/festadascadeiras2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6zPTdEgXisys3-CWxnYUd0CvOh0i1LXOMdI9qhoM5mhGK-_NlnGzSghxfVI9tLkIoyCV7jzWf_LZgRFiJg90kie4hkglahNRPnhdzzZTZqe-rVCVvy_l39cmblOXCQbf3Gp_6cEGLbdw/s200/festadascadeiras2.jpg" width="127" /></a><br />
<br />
<br />
<b>SERVIÇO:</b><br />
<br />
29/04/2010<br />
Discotecagem desde 21H<br />
Mostra de Curtas. As 22h30<br />
Ska com King Hassan Orchestra. As 23H<br />
Rua Guaicurus. 857 – Lapa - São Paulo<br />
estacionamento na Rua Faustolo. 512<br />
R$10,00 de entrada.<br />
<a href="http://www.escapeserralheria.org/" target="_blank">http://www.escapeserralheria.<wbr></wbr>org/2010/04/26/festa-das-<wbr></wbr>cadeiras2-quinta-29-abr/</a><br />
<br />
<br />
<b>CINECLUBE OYA</b><br />
Intercâmbio, Linguagem e Cultura - Um projeto que visa à reflexão,<br />
circulação e exibição das produções independentes audiovisuais<br />
realizadas nas universidades, centros de estudos, ONGs e por coletivos<br />
de cinema em São Paulo.<br />
<a href="http://guaiamumfilmes.blogspot.com/" target="_blank">http://guaiamumfilmes.<wbr></wbr>blogspot.com/</a><br />
<b><br />
OLHAR PERIFÉRICO</b><br />
O coletivo nasceu em outubro de 2000 com a perspectiva de configurar<br />
uma rede multidisciplinar, a partir da associação de profissionais de<br />
diversas áreas. Visa a produção e a pesquisa em vídeo.<br />
<a href="http://www.olharperiferico.com.br/" target="_blank">http://www.olharperiferico.<wbr></wbr>com.br</a>Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-49144677987033497762010-03-19T13:15:00.000-07:002010-03-19T13:45:18.991-07:00CINEMA, CADEIRAS, MÚSICA E DIVERSÃO<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqWiPhFPB6-teSDTrTNQW29aNu1lERFkHr-jseJEiUyXpyvFOTaXzEUDhP00rzcx-twqdPGNhCWIKFeiA4neqnuIOFWF_KTEsRSSVbWTiVnu0NoKbayqdbXnBfYxr8Ieit30uU6Dtq38I/s1600-h/Imagem+1198.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 214px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqWiPhFPB6-teSDTrTNQW29aNu1lERFkHr-jseJEiUyXpyvFOTaXzEUDhP00rzcx-twqdPGNhCWIKFeiA4neqnuIOFWF_KTEsRSSVbWTiVnu0NoKbayqdbXnBfYxr8Ieit30uU6Dtq38I/s320/Imagem+1198.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5450444518328333890" border="0" /></a><br /><br />Semana passada rolou na Lapa a primeira <a href="http://www.flickr.com/photos/guaiamumfilmes/">FESTA DAS CADEIRAS.</a><br />A proposta da festa foi levar diversão a amigos e arrecadar dinheiro para comprar as cadeiras do Cineclube OYA.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZoj2eMH_7IrQsjVt4arhgiuzwyxTUlX04lIeJWQcHmI5HbMG3qfiPC_eJWLhByCZ_dLW_08zxCnUggw_dgmuWb-ghi1xdtIqcsgqdgBJUt_AOMD_rVQTG2q1bvBZSOw_qpyjnoLlpYCw/s1600-h/Imagem+1173A.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZoj2eMH_7IrQsjVt4arhgiuzwyxTUlX04lIeJWQcHmI5HbMG3qfiPC_eJWLhByCZ_dLW_08zxCnUggw_dgmuWb-ghi1xdtIqcsgqdgBJUt_AOMD_rVQTG2q1bvBZSOw_qpyjnoLlpYCw/s320/Imagem+1173A.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5450443336857352578" border="0" /></a><br /><br />O cineclube é uma produção do <a href="http://guaiamumfilmes.blogspot.com/">Coletivo Audivisual Guaiamum Filmes</a> em parceria com a o <a href="http://www.escapeserralheria.org/">Espaço Cultural Serralheria</a>. Em breve mais noticias aqui sobre as exibições, a proposta e programações!<br /><br />Em abril a FESTA DAS CADEIRAS - II!!<br /><br />Aguardem!!Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-67968174373691573542010-03-10T10:03:00.000-08:002010-03-10T10:08:31.024-08:00FESTA DAS CADEIRAS<span style="font-weight:bold;">O Coletivo Audiovisual Guaiamum e a Serralheria convidam:</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYc-mWpDMMXcXh3Yx5A8fQUXFYxIbr6SDpnRGcjvKgA32MMH2Z90H0smu-jwLMAI0ouSzoPp0lKhlecYDPDYXXImqsiDldddRZ_gNavX9F315CcIF36nubR1kgm6XL8BTANE7BwyYiYHA/s1600-h/festadascadeiras.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 204px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYc-mWpDMMXcXh3Yx5A8fQUXFYxIbr6SDpnRGcjvKgA32MMH2Z90H0smu-jwLMAI0ouSzoPp0lKhlecYDPDYXXImqsiDldddRZ_gNavX9F315CcIF36nubR1kgm6XL8BTANE7BwyYiYHA/s320/festadascadeiras.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5447068390251391746" /></a><br /><br />Na próxima quinta-feira, 11, acontece no Centro Cultural Serralheria a Festa das Cadeiras. O objetivo é angariar fundos para a compra de cadeiras para as exibições do OYA Cineclube.<br /><span style="font-weight:bold;"><br />OYA Cineclube </span><br /><br />Organização Yndependente de Audiovisual é um encontro que será realizado mensalmente no Centro Cultural Serralheria, que busca fomentar e fortalecer a rede de produções independentes. Cada encontro contará com a projeção de filmes e debate com o realizador convidado. Previsto para começar no mês de abril.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">DISCOTECAGEM DE SKA E FUNK OLD SCHOOL. SHOW COM O GRUPO KING RASSAN ORCHESTRA<br />DISCOTECAGEM DESDE 21H</span><br /><br />Ska com King Hassan Orchestra. As 23H<br />Rua Guaicurus. 857 – Lapa - São Paulo<br />estacionamento na Rua Faustolo. 512<br />R$10,00 de entrada.<br /><a href="http://www.escapeserralheria.org/">http://www.escapeserralheria.org/</a><br /><a href="http://guaiamumfilmes.blogspot.com/">http://guaiamumfilmes.blogspot.com/</a>Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-37722077728153013392009-02-19T06:44:00.000-08:002009-02-19T06:46:48.071-08:00TEU CANTO DE PRAIA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJb0kl3q9KaaIrMARPTihYCpntV4w56fHn67MqOdPvCFBHgB449So-8HojytNVNB0-WGb0RLrjIQXtyZuJInbRcVzzQiQ7RTpwYjSAhGzw1zNm2EZMLqM8hEiazls-Cf02JMiSqUrg6W0/s1600-h/flyer-.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJb0kl3q9KaaIrMARPTihYCpntV4w56fHn67MqOdPvCFBHgB449So-8HojytNVNB0-WGb0RLrjIQXtyZuJInbRcVzzQiQ7RTpwYjSAhGzw1zNm2EZMLqM8hEiazls-Cf02JMiSqUrg6W0/s320/flyer-.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5304519947630569762" /></a><br />Um documentário de longa-metragem, produzido por Dialeto Latin American Documentary com fundos do PROGRAMA MONUMENTA- IPHAN- UNESCO-BID e Ministério da Cultura do Governo Brasileiro. Escrito e dirigido por Manu Sobral.<br /><br />TEU CANTO DE PRAIA é um documentário, em fase de finalização, que trata da questão da troca geracional através da música. O território da pesquisa é o litoral da Mata Atlântica, no Sudeste Brasileiro. A população de onde surgem os personagens do filme é o povo CAIÇARA. Os caiçaras são os habitantes nativos da região da Mata Atlântica. Grupo heterogêneo; etnias branca européia, negro africano e índio sul-americano são sua base sanguínea, paisagens heterogêneas; da reserva ambiental Paranaense a regiões de turismo de luxo, passando por cidades históricas como Paraty- são sua geografia.<br />Pablo, baixista e pandeirista, integrante de uma banda eletro-acústica, filho de caiçaras agricultores e pescadores da Praia Grande migrados para Paraty na década de 70, tem 33 anos e encarna no filme personagem que busca um sentido existencial e político na re-leitura da música tradicional caiçara e deste modo de vida específico. Profissão: garçon, barqueiro, recepcionista e outras atividades esporádicas.<br />Marcio, o “Gênio da música”, 23 anos, toca todos os instrumentos com muita facilidade, mas é “especialista” no cavaquinho. Seu pai, Seu Vicente é musico do grupo tradicional OS CAIÇARAS – Coroas de Paraty. Marcio, até o encontro com o documentário, só tocava viola, cavaquinho e pandeiro de CIRANDA tradicional com seu pai, em casa. Na rua, e para ganhar um dinheiro extra, toca suas predileções; pagode, pop brasileiro e samba de mesa. Sua profissão: eletricista. <br />Leandro, nosso caiçara por opção. Integra o grupo Ciranda Elétrica junto com Pablo. Nascido em Copacabana no Rio de Janeiro, morou em Petrópolis, na periferia de Miami (onde freqüentava o movimento hip-hop) , e finalmente, aos 24 anos decide morar em Paraty para pesquisar o modo de vida caiçara e a questão ecológica que envolve este universo. Toca percussão. Profissão: recepcionista noturno.<br />Seu Leonildo, tem por volta de 65 anos, mora enquanto população tradicional na comunidade de Abacateiro, dentro do Canal do Varadouro, Paraná. Vive de maneira rústica; alternando a pequena agricultura com a pesca artesanal. Completa seu orçamento anual com a música , tocando e dando oficinas de Rabeca. De fato, Seu Leonildo é nosso personagem-guru musical. Além de ser considerado Mestre, por seu conhecimento natural e talento musical, também é um dos únicos músicos fandangueiros e tocador de rabeca (violino Rústico) a ter tido contato experimental com a musica tradicional– a vivência do tempo em que a Mata era o habitat de todo caiçara, e ali, plantavam, faziam mutirão e então festejavam a colheita com os ritmos de fandango. Hoje, para ele, viver dentro da Reserva Florestal pode ser um fardo.Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-29297509423444848112009-02-19T06:43:00.000-08:002009-02-19T06:44:31.537-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3ip5t9NefPtKkNS4I44CSUnGJjIwKkQOYb4XvuNOIJ2KxoWSzSy47KLO4Xs0S5Az0lBn2vlH6e9fAonfJhRWP-Yuxj4z8QkRKkvRt_XiOw9KTUqMl5jApF3GvJ_frL_c8snoHNglpxyE/s1600-h/noturno+manguezal.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 212px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3ip5t9NefPtKkNS4I44CSUnGJjIwKkQOYb4XvuNOIJ2KxoWSzSy47KLO4Xs0S5Az0lBn2vlH6e9fAonfJhRWP-Yuxj4z8QkRKkvRt_XiOw9KTUqMl5jApF3GvJ_frL_c8snoHNglpxyE/s320/noturno+manguezal.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5304519402284240066" /></a><br />A Família de Seu Leonildo conta com aproximadamente 12 pessoas. Todos moradores das comunidades vizinhas Abacateiro, Vila Fátima e Saco da Rita, nos manguezais da Reserva Florestal paranaense. Dentre eles, Jane, é nossa estrela. Filha de Seu Leonildo, tem 29 anos, é dançarina de Fandango e traz consigo esse conhecimento carregado ao longo da história pelas mulheres caiçaras. Casada com o caçador, palmiteiro e canoeiro Aparecido, mãe de Giovani, 7 anos. <br />O filme discorre sobre o universo particular de cada um desses personagens, da teia de relações que une uns aos outros em suas regiões, suas casas, em seus grupos musicais. Acompanha além da rotina, a produção musical de cada região; organizar ensaios com os grupos, conseguir divulgação, espaços e patrocínio para shows e apresentações,e, enfim ser produtor cultural e musical em cidades e/ou comunidades pequenas. Dentro da questão da produção musical enquanto trabalho, o filme abrange temas como o do produto cultural vendável para turistas, sobre tudo estrangeiros e/ou urbanos em busca de ideais naturalistas versus o tema da consciência Caiçara enquanto grupo, modo de vida e estrutura economico-social específica e senão ameaçada, em todo caso, completamente transformada nos últimos 30 anos pela especulação imobiliária, a construção de estradas de acesso em massa, o turismo galopante, o turismo de luxo, as religiões de cunho evangélico, a criação de parques e reservas ecológicas, as restrições ambientais e a própria chegada da tecnologia como em qualquer parte do mundo.Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-2174557063925944342009-02-19T06:41:00.001-08:002009-02-19T06:42:37.545-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqoAWUPl_FnS3BMekMok9QzZjKCrNZFJFpiO7A_ibw_a6cxCexxRjULCo94rtZpcsxd6bXecDk3FS0altsKsAbS_m6pjDjDQqZWUhh9BSXgv8VJ2YvLTGBVLP5B0KMMUojh2UE6pPIUpQ/s1600-h/o+primeiro+som.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 212px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqoAWUPl_FnS3BMekMok9QzZjKCrNZFJFpiO7A_ibw_a6cxCexxRjULCo94rtZpcsxd6bXecDk3FS0altsKsAbS_m6pjDjDQqZWUhh9BSXgv8VJ2YvLTGBVLP5B0KMMUojh2UE6pPIUpQ/s320/o+primeiro+som.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5304518909430582466" /></a><br />Pablo, Leandro e Marcio personificam o cenário “urbanizado”, e turístico de Paraty, no estado do Rio de Janeiro. <br />Seu Leonildo, Jane e família, no Paraná, personificam as problemáticas antropológicas ligadas `a outra ponta do cenário caiçara; as reservas e parques florestais e o grande controle ambiental por parte das forças institucionais do meio ambiente neste momento em que preservar os 7% restante da Mata Atlântica é assunto de interesse nacional, internacional, global.<br />As duas realidades, Paraty e Paraná, dão-se paralelamente no filme até que se encontram, finalmente. Uma viagem de Kombi leva Pablo, Marcio e Leandro, caiçaras urbanos de periferia, a atravessar os estados de Rio de Janeiro e São Paulo, até chegarem em ARIRI, fronteira do estado de São Paulo com o de Paraná, cidade “fantasma” , porto-promessa do Canal do Varadouro na década de 50, hoje distante de 70 km de estrada de terra de Registro, cidade muito pequena, e a 580km de São Paulo capital. Em ARIRI, os personagens pegam um barco que os leva, após 4 horas de viagem náutica, ao ABACATEIRO onde terão contato com a música caiçara em seu estado quase que natural. Encontram Seu Leonildo que os ensina a arte da Rabeca, instrumento perdido há 20-30 anos na música de Paraty. Deste encontro geracional e geográfico, além de belas trocas musicais surgem debates reais sobre arte, política, ecologia, floresta, agricultura ecológica, antropologia, populações tradicionais, processos de rápida urbanização, favelização dos cablocos, identidade e mito de origem.Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-24615977165975075952009-02-19T06:39:00.001-08:002009-02-19T06:52:21.834-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOlJLZCcwqG4LAKSqH1mItF9IddbtAeQqLO_R8ZmtGXOm76QYEXLESH7e0_o987Jwiye9YuuhIOLXnZ7EM3D0iA-W5Wg84zVrF1pHeirO56KtK06p1bPZEvUU76Kae9Negptw5BA-6e8c/s1600-h/fernando+e+ariel.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 212px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOlJLZCcwqG4LAKSqH1mItF9IddbtAeQqLO_R8ZmtGXOm76QYEXLESH7e0_o987Jwiye9YuuhIOLXnZ7EM3D0iA-W5Wg84zVrF1pHeirO56KtK06p1bPZEvUU76Kae9Negptw5BA-6e8c/s320/fernando+e+ariel.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5304518506698038482" /></a><br />O Documentário realizou 2 oficinas de construção de instrumentos musicais com materiais orgânicos e sintéticos, para 60 crianças e adolescentes de baixa renda das periferias e cidades de Paraty e Paranaguá. Em Paraty a oficina foi realizada no CEMBRA – escola pública situada no Centro Histórico, e, em Paranaguá, a oficina TEU CANTO DE PRAIA foi realizada dentro da Lona do ONG Mandicuera, na Ilha dos Valadares- reduto do fandango na periferia de Paranaguá. O professor é o musico e artista plástico FERNANDO SARDO, luthier e integrante do grupo GEM (Grupo Experimental de Musica). A idéia da oficina é fomentar a criatividade musical nos jovens caiçaras e eventualmente proporcionar através da venda posterior dos instrumentos fabricados, uma possível fonte de renda alternativa. Alem de construir os instrumentos os jovens também participaram do evento de encerramento de sua respectiva oficina. No evento, a equipe TEU CANTO DE PRAIA levou os jovens a uma visita cultural as comunidades da Ilha do Araújo e Ilha dos Valadares, onde encontraram mestres antigos que com eles tocaram e contaram os causos e estórias do tempo em que caiçara batia farinha e navegava dias e dias com canoa de voga. A troca geracional direta foi muito interessante, pois descobrimos que aproximadamente 60% dos jovens participantes das oficinas pouco ou nada sabiam sobre sua cultural de origem.<br /><br />por Manu Sobral em 18/12/2008<br />Fotos: Tonica Moura<br /><br />Para saber mais acesse o blog <a href="http://ilhadamemoria.blogspot.com/">www.teucantodepraia.blogspot.com</a>Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-29946698342906907482008-06-02T21:01:00.000-07:002008-06-02T21:11:32.643-07:00O Brasil em Sotaques!!Estreiou hoje o FIZ + SOTAQUES: JORNALISMO NO PLURAL!<br />Programa que é o oasis do jornalismo na televisão! Liberdade de propor pauta...liberdade de escolha de entrevistados e liberdade de criação coletiva!!!<br />Assistam e vejam o Brasil que vcs não vêem na TV!<br /><br />http://sotaquesdobrasil.blogspot.com/Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-27344428589906528932008-06-02T20:47:00.000-07:002008-06-02T21:01:32.599-07:00FIZ + SOTAQUES: JORNALISMO NO PLURALNo dia 2 de junho, segunda-feira, estréia no FIZ TV o semanário feito por jovens jornalistas espalhados pelas cinco regiões do país.<br /><br />De que jeito se fala num país de 8,5 milhões de metros quadrados? De que jeito 183 milhões de habitantes se comportam? É impossível que para essas perguntas não se tenha na resposta um “depende”. De fato, depende. Depende de a qual pedaço deste gigante Brasil você se refira. E se é certo que cada região tenha suas peculiaridades, por que as notícias, as informações têm que ter um único sotaque? Por que o comportamento brasileiro tem que ser medido por cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, quando outros 5.562 municípios existem?<br /><br />Descentralizar as notícias, aprofundar os diversos temas tratados, assumir os diferentes sotaques e mostrar um Brasil em toda sua brasilidade. São essas as propostas do Fiz + Sotaques, primeiro programa jornalístico do Canal FIZ TV, do Grupo Abril (www.fiztv.com.br - veja box). Por meio de uma equipe de videorrepórteres espalhados pelas cinco regiões do país, o programa vai mostrar como os assuntos do dia-a-dia da mídia se manifestam de forma diferente em cada canto do Brasil, encontrando também o ponto em comum entre essas regionalidades. “É uma forma de nacionalizar a informação a partir de vários pontos distintos dos Brasis”, diz Leandro Lopes, diretor do FIZ + Sotaques.<br /><br /> “A idéia é humanizar, mostrar aquilo que a grande mídia geralmente não mostra, diminuir a distância entre a vida real e o que se vê na tevê”, diz Augusto Paim, videorrepórter do Fiz + Sotaques. Leandro concorda: “existem padrões jornalísticos estabelecidos há anos na TV brasileira que não cabem mais nessa linguagem interativa e nesse momento de invasão do modo televisivo feito na internet”.<br /><br />Os videorrepórteres do Fiz + Sotaques gravam as entrevistas e as imagens com uma câmera fotográfica digital e buscam uma linguagem experimental e documental ao mesmo tempo, sem seguir os padrões restritos do jornalismo convencional. O atual time de repórteres conta com jornalistas presentes no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Sergipe e Minas Gerais, contando também com participações eventuais de videorrepórteres de outros Estados. <br /><br />“Queremos nos sintonizar com as novas possibilidades de se produzir conteúdo jornalístico, usando as ferramentas da web para fazer o jornalismo sério, aprofundado e humano que todos nós queremos”, diz Augusto, que completa: “mobilidade: essa também é uma palavra-chave. Queremos mostrar como um assunto se desenvolve na metrópole, mas também no interior. Os videorrepórteres viajam com a câmera e, por isso, não ficam restritos ao lugar em que estão. Cada nova cobertura será uma surpresa”.<br /><br />No www.fiztv.com.br você encontra os dois pilotos produzidos pela equipe do Fiz + Sotaques. Basta digitar “Motoboys dos Brasis” e “Carnaval, meu nome é...” no campo de busca. O programa de estréia, no dia 2 de junho, será sobre o tema: “sotaques do Brasil”.<br /><br />“O Fiz + Sotaques irá oxigenar a grade do canal por se tratar do primeiro programa de jornalismo colaborativo. Além disso, esse formato de um jornalismo discutido sob a visão de pessoas espalhadas pelo Brasil inteiro é muito semelhante a proposta do canal que busca uma linguagem plural na sua programação”, comemora Marcelo Botta, diretor do FIZ TV.<br /><br />O programa irá ao ar todas as segundas-feira, às 21h15, no canal 16 da TVA analógica e no canal 20 da TVA digital, em São Paulo (capital e interior), Santa Catarina (Florianópolis e Camboriú), Paraná (Curitiba e Foz do Iguaçu), Rio de Janeiro (capital) e Minas Gerais (Uberlândia). Os programas também estarão disponíveis no site do FIZ TV, para qualquer lugar do Brasil.<br /><br />FIZ TV<br />O FIZ é o primeiro e único canal de TV colaborativo do Brasil. Pertencente ao Grupo Abril, com menos de um ano de vida, o projeto já conseguiu criar uma forte comunidade de produtores de vídeo na web e uma linguagem ousada e inovadora dentro da televisão brasileira. Nos últimos meses, o canal dedica-se para que produtores de todo o país enviem não somente vídeos, mas também programas formatados e pensados para uma nova televisão. A criação de um pioneiro sistema de remuneração somado à grande liberdade editorial que o canal dá aos produtores permite que público acompanhe, cada vez mais, o surgimento de novas e boas idéias no universo audiovisual brasileiro.<br /><br />Contatos para entrevistas:<br /><br />Leandro Lopes: leandro_rumos@yahoo.com.br - 31 9188 9606<br />Augusto Paim: augusto.paim@gmail.com - 51 8474 5997<br />Marcelle Souza: celle_souza@hotmail.com / 67 8409-1381<br />Lydia Minhoto: lyminhoto@yahoo.com.br / 14 9704 6670Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-84276132638304620682008-02-15T14:06:00.000-08:002008-02-16T09:41:10.899-08:00Dirigir....<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKXeoPazNkn6A5xU9-nRQepWcyPdF05UQcnNyEWa32AF7QR6LAS0-n0jKOOdtVTBtrF5-kHyySphHReVx6rY6gmW2Emm5rzT-lwStYzC4SpjKYN_pI0DjD5C4AqSOPWle1Rg5HRtqUHGM/s1600-h/Genesio+4.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKXeoPazNkn6A5xU9-nRQepWcyPdF05UQcnNyEWa32AF7QR6LAS0-n0jKOOdtVTBtrF5-kHyySphHReVx6rY6gmW2Emm5rzT-lwStYzC4SpjKYN_pI0DjD5C4AqSOPWle1Rg5HRtqUHGM/s320/Genesio+4.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5167343955500916930" /></a><br />Seo Genésio<br /><br /><br /><br />O fato de já conhecer a comunidade e ter apresentado o projeto para o coletivo me tornou diretora. Ser diretora num projeto construído coletivamente é para mim dar direção. A contribuição de todos é que fará com que o filme tenha vida e consiga contar sua história da melhor maneira possível. Por isso nos reunimos semanalmente para debatermos os temas que vão surgindo a cada ida à comunidade, a cada investida do mundo real. A direção vem da conclusão após o debate com todos. Decidido os rumos que iremos tomar, dou direção às nossas próximas ações. Trabalhar desta forma, pra mim está sendo uma experiência única e inovadora. Só de poder contar essa história já me sinto satisfeita. Idealizei ela há uns dois anos, enquanto fazia a pesquisa para o documentário MAR DE DENTRO. Ter encontrado essas pessoas no momento certo foi decisivo. Tive a experiência de fazer um documentário sozinha e sem apoio e tinha a certeza de que não conseguiria fazer isso de novo. Pela grana e também pela qualidade de se ter uma equipe. <br /><br />Ser diretora neste documentário é ser ouvinte atenta, para comprender a complexidade da vida de pessoas com valores, cotidiano e crenças tão diferentes da minha. Como é bom ouvir as pessoas, suas histórias, seus desejos. Através dos relatos encontramos coisas em comum, coisas fantásticas. É o que fazem de nós pessoas especiais e únicas: nossas histórias.<br />Todos têm o que falar, e cada um têm aquilo que só ele mesmo poderá contar. E o trabalho de recontar é um prazer imensurável, pois é como se junto com aquelas historias você tivesse passado por aquilo. Você se projeta naquele universo e permite sua imaginação viajar. E deixar que isso ocorra naturalmente é como se captássemos a essência daquele momento. É reviver junto com alguém. Participar da história dessa pessoa no momento em que ela revive um acontecimento ao contar para você. Esse momento é único, não se repetirá daquela forma e naquela situação em que a pessoa está contando. Participar desse momento único é uma honra. É sorrir junto, é chorar, é se emocionar, é reviver! RE- VIVER!!<br /><br />Todos querem ser ouvidos. Gostamos de contar sobre momentos que marcaram nossas vidas, sejam eles bons ou ruins. Com alguma dificuldade e limitações pois afinal estamos tratando de vidas, sentimentos e emoções. Saber ouvir é um dom. Saber como transformá-los em imagens e palavras é fazer com paixão. É se despir de outras histórias e viver aquele momento único. E não merece ser desperdiçado. Merece ser registrado, ser REVIVIDO. Hoje sinto que foi para isso que eu vim, para registrar memórias e traze-las para o tempo de hoje. O tempo de ligar uma câmera e registrar o REVIVER!!<br /><br />Nos próximos conto mais sobre o processo de construção do filme...<br />Inté!!!!Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-83445093569403648382008-02-14T14:06:00.000-08:002008-02-16T10:59:33.118-08:00NOSSO TEMPO É AGORA!!!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhILK0gOM3GA8lIaKqDoa3-lIP231s9zAkQY1tpmReyYjumUPkSdQuXijW_rkjUV4FxME9tjFXxv3MME6IgwL8tHAU2zN6NR874_pALPeIrb69Tw81f96yiGOKdglMLph5Y92vT5G5rg6A/s1600-h/Pescadores(2).jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhILK0gOM3GA8lIaKqDoa3-lIP231s9zAkQY1tpmReyYjumUPkSdQuXijW_rkjUV4FxME9tjFXxv3MME6IgwL8tHAU2zN6NR874_pALPeIrb69Tw81f96yiGOKdglMLph5Y92vT5G5rg6A/s320/Pescadores(2).jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166969696345710770" /></a><br />Pescadores de Cambury. Zé Cobra, Daniel e "Gordo".<br /><br /><br /><br />...” E tem esse projeto do Governo Federal que diz que vai levar energia elétrica para todos os municípios do Brasil, que quero que o Camburi entre nisso, afinal nós não estamos longe da rede e não queremos mais esperar, já esperamos demais e esse foi nosso erro, <strong>nosso tempo é agora</strong>.” (Moisés, Novembro de 2003)<br /><br /><br /><br />Num “paraíso abandonado” na divisa do Estado de São Paulo com o Rio de Janeiro vive uma comunidade tradicional caiçara com aproximadamente 50 famílias. O bairro de Cambury, em Ubatuba, litoral norte de São Paulo possui uma história de lutas. Sendo o último bairro da cidade e com uma estrada de difícil acesso, torna-se praticamente isolado e esquecido. Não possui luz elétrica, somente a escola e o posto de saúde têm energia solar e alguns moradores têm gerador próprio. Na década de 70, a implantação de uma Unidade de Conservação e a construção da rodovia BR-101, geraram profundas transformações no modo de vida dos caiçaras de Cambury. A comunidade não aceita as restrições quanto ao acesso aos recursos naturais, já que sempre viveram daquela maneira de geração em geração. Inevitavelmente o turismo se tornou a principal fonte de renda, mesmo sem uma preparação e infra-estrutura. Desta forma, travam lutas diárias para viver de acordo com as suas tradições. <br />Propõe-se a realização de um curta-metragem de aproximadamente 26 minutos sobre a chegada da energia elétrica. O documentário tem como objetivo registrar uma vitória para essa comunidade: a chegada da luz. Através de conversas com os moradores e demais envolvidos conheceremos suas expectativas com relação as mudanças e melhorias na vida de cada um. <br />Tendo como pano de fundo imagens contemplativas e observativas nas quais se perceba o transcorrer do tempo e da variação de luz, o filme buscará a interferência poética da energia elétrica no cotidiano dessa comunidade. A construção da fotografia do documentário se baseará, portanto na necessidade desse recurso. Ficará evidente o uso de lampiões, velas, “frecholés” (artefato construído pelos nativos para iluminação), luz do sol e a própria ausência da luz para descrever e transmitir de o clima gerado pela falta de energia elétrica. A idéia é criar no expectador a sensação de intimidade com a escuridão, capaz de compor uma linguagem para o filme. Desta forma o som da voz terá papel fundamental e servirá para reconhecer os personagens em ocasiões noturnas. <br />Ficará guardado na memória o tempo em que não havia energia elétrica e vários outros recursos eram utilizados para iluminar, aquecer, conservar mantimentos e proporcionar lazer e entretenimento, entre outros. Dessa forma, este será também um documento histórico sobre os últimos instantes até a chegada da energia elétrica na comunidade, tão idealizada e esperada por uns e renegada por outros.Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-50364976011663744352008-02-13T16:59:00.000-08:002008-02-13T19:03:08.399-08:00Pensar coletivamente!!!!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjagpt4F0LmNNlfYxILE_SugHCSldpvehzHjVhWU8KjZj2OhxwIxNFfcRKZ6HPP8UohmC9np-X8ErghM5AhmT42wBl-ofuuLiSYEiyfTbaWvNgjnbTt6Jde81ARVH16mh7AhHz1bWWzBvE/s1600-h/Guaia_1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjagpt4F0LmNNlfYxILE_SugHCSldpvehzHjVhWU8KjZj2OhxwIxNFfcRKZ6HPP8UohmC9np-X8ErghM5AhmT42wBl-ofuuLiSYEiyfTbaWvNgjnbTt6Jde81ARVH16mh7AhHz1bWWzBvE/s320/Guaia_1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166658684878905490" /></a><br /><br /><br />Guaiamum Filmes é um coletivo que nasceu do encontro de profissionais de diversas áreas com um mesmo ideal: retratar e transmitir uma leitura do mundo a partir de histórias de vida. <br />Para nós, o cinema é resultado de vivências e trocas com pessoas, situações e realidades.<br />Um guaiamum curioso que sai da toca querendo olhar o mundo. <br />Uma janela aberta para mostrar que há muitas coisas que nossos olhos são incapazes de enxergar quando imersos em nossa própria realidade.<br />Fiz o curso de documentário na AIC ( Acadêmia Internacional de Cinema) no primeiro semestre de 2007. Após o curso, foi unânime para algumas pessoas a vontade de se juntar para realizar documentários coletivamente . Do desejo de FAZER surgiu a Guaiamum Filmes. Em reuniões semanais discutimos como iríamos nos organizar, a viabilidade de se realizar sem apoios, além de assistir documentários. Depois de um mês nasceu a idéia de um primeiro projeto: “Nosso tempo é agora!” um filme para contar a chegada da energia elétrica numa comunidade caiçara no litoral paulista.<br /><br /><br /><br />Na próxima conto mais sobre o projeto<br /><br />Inté!Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-86084172616581294922008-02-12T13:13:00.000-08:002008-02-12T13:19:52.927-08:002008 - Nosso tempo é agora!!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW4B2jmlShsE5dyktyqG5XD-VtUsu9DEgP7lvpGJlueGypkK1qxewaFEjDpdjeSOtXR6u8D9AJ3bdx77dgaLZr2dH9XK24TjFjqtxY1p1r5PDlB1f84zPsh1LQ-toP_RV_LPG7BlrYjnc/s1600-h/Crian%C3%A7a1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW4B2jmlShsE5dyktyqG5XD-VtUsu9DEgP7lvpGJlueGypkK1qxewaFEjDpdjeSOtXR6u8D9AJ3bdx77dgaLZr2dH9XK24TjFjqtxY1p1r5PDlB1f84zPsh1LQ-toP_RV_LPG7BlrYjnc/s320/Crian%C3%A7a1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166205681793294434" /></a><br /><br /><br />Toda a vez que eu passava alí, via aquelas crianças brincando e se divertindo com as pessoas que cruzavam pela vila em direção à cachoeira. Pareciam borboletas serpenteando pelos ares, graciosas. Guardei aquela cena na retina. Mais uma vez de volta, andando pela trilha com aquela angustia no peito de querer fotografá-las sem estar na posição de turista ou roubá-las a imagem. São quatro garotas de mais ou menos de 7 anos de idade. Que moram na beira de uma cachoeira. Ao encontrá-las tomei coragem e tive a iniciativa de pedir, porém elas se recusaram. Um amigo começou a brincar com elas de bolinha de gude e o clima começou a ficar mais natural. Fiz uma ou duas fotos e percebi que elas ainda fugiam da câmera, não insisti e comecei a jogar também com elas. Na hora da despedida, a surpresa: elas me pediram para fotografá-las e ficam todas eufóricas.<br />- Tia, tira uma foto da gente!!!! riam, num misto de vergonha com empolgação. <br />E logo depois desse episódio continuando a subida para a cachoeira tive um insight! Um projeto fotográfico, uma espécie de multirão. Essa foi a minha primeira vontade de trabalhar algum projeto em Cambury. Logo mais vocês entenderão mais sobre o que estou falando. Mas um novo projeto, agora pela Guaiamum Filmes. Na próxima postagem conto o que é e como surgiu!<br /><br />Até!Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6382330595671682766.post-29971028814070643562008-02-12T13:01:00.000-08:002008-02-12T13:12:01.346-08:00MAR DE DENTRO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTVcsSM-Nh-foNziqC0GNq33SaYpsxa2eEdWReMtIJgVL75WX8cv7QzAthhNhHk-QDbdYVQlhFq83RvOnGAO2eOGz1Whqpkld-UyFyx9HCiCYJgysJiNCIDzyaJEyoAej2Jo4MXu49t9U/s1600-h/Capa_DVD-web.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTVcsSM-Nh-foNziqC0GNq33SaYpsxa2eEdWReMtIJgVL75WX8cv7QzAthhNhHk-QDbdYVQlhFq83RvOnGAO2eOGz1Whqpkld-UyFyx9HCiCYJgysJiNCIDzyaJEyoAej2Jo4MXu49t9U/s320/Capa_DVD-web.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5166204320288661586" /></a>Tonica Mourahttp://www.blogger.com/profile/15298931987042621610noreply@blogger.com0