quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009


Pablo, Leandro e Marcio personificam o cenário “urbanizado”, e turístico de Paraty, no estado do Rio de Janeiro.
Seu Leonildo, Jane e família, no Paraná, personificam as problemáticas antropológicas ligadas `a outra ponta do cenário caiçara; as reservas e parques florestais e o grande controle ambiental por parte das forças institucionais do meio ambiente neste momento em que preservar os 7% restante da Mata Atlântica é assunto de interesse nacional, internacional, global.
As duas realidades, Paraty e Paraná, dão-se paralelamente no filme até que se encontram, finalmente. Uma viagem de Kombi leva Pablo, Marcio e Leandro, caiçaras urbanos de periferia, a atravessar os estados de Rio de Janeiro e São Paulo, até chegarem em ARIRI, fronteira do estado de São Paulo com o de Paraná, cidade “fantasma” , porto-promessa do Canal do Varadouro na década de 50, hoje distante de 70 km de estrada de terra de Registro, cidade muito pequena, e a 580km de São Paulo capital. Em ARIRI, os personagens pegam um barco que os leva, após 4 horas de viagem náutica, ao ABACATEIRO onde terão contato com a música caiçara em seu estado quase que natural. Encontram Seu Leonildo que os ensina a arte da Rabeca, instrumento perdido há 20-30 anos na música de Paraty. Deste encontro geracional e geográfico, além de belas trocas musicais surgem debates reais sobre arte, política, ecologia, floresta, agricultura ecológica, antropologia, populações tradicionais, processos de rápida urbanização, favelização dos cablocos, identidade e mito de origem.

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